sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Um reino sem rei

O aumento e a diversificação das atividades agrícolas na colônia foram fundamentais para o desenvolvimento manufatureiro lusitado. Porém, a invasão das tropas francesas em Portugal interrompeu o dinamismo. A situação lusa se complicou com a abertura dos portos brasileiros as nações amigas, o que gerou a perda de grandes receitas, e com a guerra para expulsar os franceses de Portugal.
Com a saída dos invasores, Portugal passou a ser governado por uma regência absolutista e um general inglês.
Com as vaciladas do governo luso, as tropas francesas se posicionavam na frontera espanhola, aguardando as instruções para invadir, com negociações secretas entre os reinos portugueses e britanicos acertaram a transferencia da familia real para o Brasil. No dia 29 de novembro chegou no porto de Belém acompanhada de 10 mil pessoas a familia real.

A volta de D.João VI a Portugal


Com a crise econômica e política eclodiu a resolução liberal de 1820. O mivemento começou na cidade do Porto e depois se espelhou pelas cidades mais importantes de Portugal. Os rebeldes exigiam a volto de D. João VI no governo brasileiro, ele deixou seu filho o príncipe D. Pedro como regente do Brasil.

A rebelião no Nordeste

Pouco antes do regresso de D. João a Portugal, conflitos tumultiaram a situação política interna do Brasil, especialmente no Nordeste. No início do século XIX, o Nordeste enfrentava uma grave crise econômica, além disso, os brasileiros dessa região estavam descontentes com o controle que os portugueses exerciam sobre o cómercio e os altos cargos administrativos.
A combinação desses fatores levou á Resolução Pernambucana de 1817. Apesar da derrota, a revolução Pernambucana contríbuio para acelerar o processo de independência do Brasil.

A proclamação da independência


As relações entre as Cortes portuguesas e o Brasil se agravavam a cada dia. Numa viagem a São Paulo, D. Pedro recebeu noticias de que as cortes haviam reduzido o poder do principe regente. Na carta, o ministro do conselho de Estado, José Bonifácio, insista em que D. Pedro rompesse com Portugal. No dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro rompeu com as cortes e plocamou a independência do Brasil.

A consolidação da independência

A independência do Brasil resultou de um acordo político entre as elites e o príncipe português D. Pedro. No entanto, apesar de ser um arranjo dos grupos dirigentes, ela só se consolidou depois de violentos confrontos e derramamento de sangue.

A resistência interna


As províncias do Pará, Maranhão, Piauí e Ceará, além da parte da Bahia e da Província Cisplatina, recusaram-se a obedecer á decisão de D. Pedro, aliando-se ás cortes portuguesas.

A unidade territorial do império doi definida apenas no final de 1823, quando a resistência das províncias foi vencida.

O reconhecimento internacional

Os estados Unidos foi o primeiro país a reconheçer a independência do Brasil, em 1824. Mas o novo estado precisava do aval de Portugal para ser reconhecido pelas potências européias.
Depois de várias negociações diplomáticas, em 1825, com a assinatura do tratado de Paz e Aliança, a independência brasileira foi finalmente reconhecida. Depois de Portugal, a Inglaterra, a França, a Àustralia e as demais potências européias reconheceram o Brasil como um novo estado independênte na América do Sul.

A assembléia Constituente de 1823


Logo após a independência ocorreram as eleições para a assembléia Constituente, formada de advogados, padres, funcionários públicos, civis e militares e, principalmente, proprietários rurais. Chamados de constituintes, tinham por objetivo elaborar a constituição do Brasil.

Os contituintes estavam divididos em duas correntes claramente distintas: partidarias e adversários de D. Pedro. As divergências entre as duas correntes principais terminaram com a dissolução da Assembléia pelas tropas de D. Pedro, em novembro de 1823, na chamada Noite da Agonia.

A constituição de 1824

Dissolvida a Assembléia, D. Pedro encomendou um novo projeto constitucional, cedido por ele em 1824. As principais resoluções da lei eram:
°Divisão dos poderes em executivo, legislativo, judiciário e moderador.
°Manutenção do direito de propiedade das terras, escravos e demais bens adquiridos pelas elites durante o periodo colonial.
°Estabelecimento do catolicismo como religião oficial e obrigatoria no país.
°Voto indireto e censitário. Os eleitores escolhiam, nas eleições primárias, o colégio encarregado de eleger os deputados. E também, exigia-se do cidadão uma renda mínima para poder votar votar ou candidatar-se á câmara e ao Senado.

A Confederação do Equador


A dissolução da Assembléia Constituinte de 1823 e a excessiva centralização da carta outorgada de 1824 desagradaram as lideranças da província de Pernambuco, onde havia um forte sentimento antiportuguês e favorável à república.

Em julho de 1824, os revoltosos da província proclamaram a Confederação do Equador, propondo a formação de uma república independente do governo central.

A crise na Província Cisplatina

Em 1825, rebeldes da Província Cisplastina declararam a ruptura com o Brasil e a incorporação daquela região ás províncias Unidas do Rio da Prata. Foi o início de uma guerra entre Brasil e o governo de Buenos Aires, que trouxe perdas humanas e custos financeiros para os dois lados. A guerra terminou com a independência da Província Cisplatina, que passou a se chamar República do Uruguai.

A crise política


A medida que aumentava os conflitos com os brasileiros, D. Pedro se aproxima do Partido Português. Para os adversários, a intenção do imperador era recolonizar o Brasil. A crise se agravou em março de 1831, depois de uma viagem desastrosa que ele fez Minas Gerais. Os portugueses nas ruas do Rio de Janeiro O confronto durou três dias e ficou conhecido como a Noite das Garrafadas.

A abdicação de D. Pedro I

Isolado politicamente, abandonado pelos militares, em 7 de Abril de 1831 D. Pedro I abdicou do trono do Brasil e partiu para a Europa. A coroa ficou com seu filho, o brasileiro Pedro de Alcântara, na ocasião com 5 anos de idade. A renúncia do imperador significou a vitória das elites brasileiras e a ruptura definitiva com Portugal.